Capítulo 36
No dia seguinte Luís decide não ir ao trabalho e pede que Vitória ligue para a repartição informando que seu patrão está doente. Assim que a criada sai ele se ocupa em esconder as peças de roupa sujas, que poderiam incriminá-lo.
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A dinâmica ao redor do narrador parece não se alterar: os vizinhos seguem com suas ocupações e ruídos de sempre, o que o faz pensar se tudo não seria uma ilusão – como pode tudo continuar como antes, mesmo tendo ele feito o que fez? Luís se convence, afinal, que desastres acontecem todos os dias, tornando tudo sem importância.
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Pela fresta da janela o escritor observa o movimento na rua e se exalta quando os bicos de um par de sapatos parecem apontar na direção de sua casa, parando por instantes: imediatamente ele é tomado pelo temor de que investigadores da polícia estejam em seu encalço. Toda uma possível cena de interrogatório passa por sua cabeça: Luís não teria como esconder as mãos machucadas nem como justificar as roupas sujas emboladas no saco, iria irremediavelmente para a prisão. Lá, ao menos, crê que poderia escrever seu livro em paz, um livro que o redimiria com uma fama internacional! Mas os tais sapatos mudaram de direção e foram embora, provavelmente não eram de um investigador.
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Luís da Silva volta a mexer nas roupas que dariam evidência de seu crime, tentando limpá-las, quando alguém bate à porta. Mais uma vez uma tensão o domina e ele se pega pensando na vida na cadeia. Após algum tempo em seus delírios ele descobre que se trata apenas de mais um vagabundo a pedir esmolas e manda-o embora em meio a xingamentos.
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O narrador passa a considerar que era melhor ser logo descoberto pela polícia, já que a tortura de se sentir ameaçado a cada vez que lhe batessem à porta era mais incômoda. A própria ideia de continuar a viver sua vida “safada”, escrevendo artigos e concordando com as pessoas, lhe parece um enorme sofrimento.
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A voz da vizinha, d. Adélia, afirma que “Quem faz neste mundo paga é aqui mesmo” e Luís entra em uma breve paranoia, alegando inocência para as paredes e se isolando em sua cama, enrolando-se aos lençóis. Ele avisa Vitória que está muito mal e fica trancado no quarto, vendo o tempo passar conforme a luz do sol que entra por uma fresta percorre o ambiente.
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Algum tempo se passa numa inconsciência parcial: o narrador não tem certeza se recebera visitas e quais diálogos teriam acontecido, se os sons da vizinhança realmente existiam ou eram fruto de sua imaginação.
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Uma última vez todos os personagens do passado de Luís da Silva, desde a infância, desfilam por seus pensamentos, misturando-se às histórias dos livros que lera e às conversas que travava com Moisés e Pimentel. Eram milhares de “figurinhas insignificantes”, como ele mesmo, que se deitavam em seu colchão de paina.
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Este foi o Resumo Por Capítulo de Angústia. Veja a seguir a análise dos personagens e um resumo geral da obra.