
Capítulo 35
A perseguição noturna continua, com os pensamentos de Luís variando entre lembranças longínquas dos capangas de seu avô, alguns condenados à cadeia, e considerações sobre Julião e sobre si próprio.
O narrador tinha em mente a imagem de José Baía, matador de renome em sua infância, quando pegou a corda em seu bolso e saltou sobre o corpo da vítima, laçando seu pescoço. Julião esforçou-se numa breve luta, balançando para a frente e depois quase caindo para trás, sobre o corpo de seu assassino, mas não resistiu e tombou desfalecido. Luís da Silva teve a sutil sensação de não ser a mesma pessoa: havia abandonado o papel subserviente que incorporara desde a infância, sempre fazendo o que os outros mandassem, e isto o alegrava.