Poema do Jornal
O poema "Poema do Jornal" oferece uma crítica à rapidez e à mecanização com que as notícias são produzidas e consumidas, refletindo sobre a transformação de eventos reais e muitas vezes trágicos em meros objetos de consumo midiático. O texto captura o processo pelo qual um acontecimento é imediatamente capturado, processado e disseminado pela imprensa, destacando o papel desumanizador da mídia na representação da realidade.
A primeira estrofe introduz a ideia de que, mesmo antes de um evento ter concluído sua ocorrência ("O fato ainda não acabou de acontecer"), ele já está sendo convertido em notícia pela "mão nervosa do repórter". Essa rapidez na transmissão das notícias sugere uma pressa que prioriza a velocidade em detrimento da profundidade ou da precisão na cobertura jornalística.