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Resumo Por Capítulo: Alguma Poesia

Infância


O poema "Infância", dedicado a Abgar Renault, retrata uma cena nostálgica e idílica da infância do narrador, ambientada em um cenário rural. A narrativa inicia descrevendo a rotina familiar: o pai do narrador monta a cavalo e vai para o campo, sua mãe permanece em casa costurando, enquanto seu irmão menor dorme. O narrador, então, se encontra sozinho, imerso na leitura da história de "Robinson Crusoé", uma aventura que parece não ter fim.


A cena é interrompida pelo chamado para o café, um momento evocativo que traz à tona a memória da voz de uma figura materna, possivelmente uma referência à herança cultural africana ("uma voz que aprendeu a ninar nos longes da senzala"). Este chamado para o café, descrito de forma carinhosa e apetitosa ("Café preto que nem a preta velha café gostoso café bom"), realça um dos momentos de união e prazer simples da vida doméstica.


A mãe, enquanto costura, observa o narrador com cuidado e ternura, pedindo silêncio para não acordar o irmão mais novo. Essa dinâmica familiar é intercalada com a presença do pai, que está distante, trabalhando na fazenda, um "mato sem fim" que sugere a vastidão e a imensidão do espaço rural.


O poema conclui com uma reflexão do narrador sobre a beleza e o valor de sua própria história de vida, reconhecendo-a como mais significativa e encantadora do que a de Robinson Crusoé. Essa percepção marca um contraste entre a aventura fictícia lida nas páginas de um livro e a riqueza das experiências simples e cotidianas da vida real, valorizando os momentos familiares e a conexão com suas raízes.


"Infância" é um poema que celebra a simplicidade e a beleza da vida familiar no campo, destacando a importância das relações familiares e das pequenas alegrias do cotidiano. Através dessa reminiscência, o narrador reconhece a profundidade e a riqueza de sua própria história, superior à de qualquer aventura literária.



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