Coração numeroso
O poema "Coração numeroso" retrata um momento de intensa vivência urbana e emocional do eu lÃrico, que passeia pela Avenida no Rio de Janeiro, perto da meia-noite. A descrição da cena urbana mistura elementos sensoriais — luzes, sons, o calor, a promessa do mar — criando uma atmosfera de fascinação e alienação simultâneas.
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A menção aos "bicos de seio batendo nos bicos de luz estrelas inumeráveis" sugere uma cidade viva, pulsante, onde a beleza e a sensualidade se entrelaçam com a artificialidade das luzes urbanas. A promessa do mar e o som dos bondes adicionam uma camada de desejo e movimento, contrastando com o estado introspectivo do eu lÃrico, que se sente sufocado pelo calor e pela sensação de deslocamento.
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A expressão dos "paralÃticos sonhos" e o "desgosto de viver" revelam uma profunda crise existencial, onde a vida é vista como um fardo, marcado pela vontade de escapar da própria existência. Apesar disso, o eu lÃrico se encontra imerso na "Galeria Cruzeiro", sozinho e desejoso apenas da companhia do "doce vento mineiro", sugerindo uma busca por algo genuÃno e reconfortante em meio à alienação da cidade.
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