Capítulo 3
Com a Granja dos Bichos sob o controle dos animais, eles começam a trabalhar juntos para uma colheita mais eficiente do que jamais tinham conseguido sob o comando do Sr. Jones. Sansão, o cavalo, distingue-se por sua força e dedicação incansável, adotando os lemas "Trabalharei mais" e "Napoleão está sempre certo" como guias pessoais. Quitéria, ao seu lado, trabalha com igual empenho, embora preocupada com as crescentes demandas sobre todos eles.
Enquanto isso, Bola-de-Neve e Napoleão cultivam desacordos, cada um tentando impor sua visão para o futuro da granja. Bola-de-Neve é particularmente ativo, organizando comitês para diferentes projetos e tentando educar todos os animais. Embora a maioria dessas iniciativas falhe, os comitês de alfabetização têm algum sucesso, sempre com os porcos emergindo como os alunos mais capazes.
O Comitê de Reeducação dos Animais Selvagens foi outra das iniciativas idealizadas por Bola-de-Neve, com o objetivo de domesticar criaturas como ratos e coelhos, integrando-os à sociedade da Granja dos Bichos como camaradas. No entanto, o Comitê não obteve sucesso. Os animais selvagens continuaram a agir como sempre, aproveitando-se da generosidade dos outros bichos sem realmente mudar seu comportamento. O gato, por exemplo, juntou-se ao Comitê e chegou a ser visto tentando "doutrinar" pardais, convidando-os a pousar em sua pata em nome da camaradagem. Porém, os pardais, desconfiados, mantiveram distância.
Napoleão mostra pouco interesse nesses esforços educacionais. Ele foca sua atenção na criação dos nove filhotes dos cães Lulu e Ferrabrás, que são mantidos e educados num sótão, longe até mesmo de seus pais. Esta ação suscita alguma curiosidade, mas os animais estão muito ocupados com o trabalho para questioná-la profundamente.
Garganta, o persuasivo porco, trabalha na manutenção da ordem, justificando as decisões dos porcos com pontuais mudanças nas regras, embaladas em discursos habilidosos, garantindo que todos permaneçam alinhados com a liderança de Napoleão.
Os porcos, reconhecidos como os mais inteligentes, começam a tomar mais controle, evitando o trabalho físico e se concentrando na "organização" da granja. Esta mudança não passa despercebida pelos outros animais, mas é justificada como necessária para o bem de todos.