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Resumo Por Capítulo: A Moreninha

3 - Manhã de Sábado


Eram onze da manha quando Augusto chegou à ilha onde vivia a avó de Filipe. Leopoldo o recebeu e o levou à casa, que era cercada por um jardim e um pomar. Além de uma sala espaçosa, o ambiente era formado por dois gabinetes, um para os homens, outro para as mulheres.


Já estavam lá reunidas diversas moças e senhoras. D. Ana, a avó de Filipe, com sessenta anos, demonstrava ser uma senhora bondosa e muito apaixonada por sua neta, irmã de Filipe, a qual criou desde os oito anos, quando seus pais faleceram. Ao seu lado estavam a pálida e a loira, primas de Filipe, sendo que os cabelos claros de Joaquina chamaram mais atenção de Augusto, ainda que os traços românticos de Joana também o agradassem. A irmã de Filipe era garota travessa, que não parava quieta, demonstrando-se muito curiosa e até mesmo impertinente, fazendo com que Augusto tivesse algumas reservas para com ela. Havia ainda duas velhas, uma que só se interessava em falar sobre a beleza de suas duas filhas, que também lá estavam, e outra que tinha o costume de manter um homem junto de si por horas, prendendo-o em enfadonhas conversações.


Após os tradicionais cumprimentos, Augusto sofreu o infortúnio de ser fisgado justamente por esta última velha, a Sra. D. Violante. Com a intenção de não parecer grosseiro, o jovem ouviu a mulher por horas, tentando por vezes levantar-se com uma desculpa qualquer, porém sem sucesso. Augusto já imaginava que a velha estava enamorada por ele, quando ela confessou um outro interesse: sendo o jovem um estudante de medicina, gostaria que ele desse um diagnóstico de alguns males pelos quais passava. Após ouvir a descrição de inúmeros sintomas, Augusto resolveu vingar-se de D. Violante pelo cansativo diálogo e, assim, afastá-la de uma vez: afirmou que ela sofria de hemorroidas. A velha enfureceu-se com a resposta e afirmou que o rapaz não seria um bom médico.


Procurando uma nova companhia, Augusto recebeu de D. Ana o convite para que se sentasse ao lado de sua neta, com quem poderia “se divertir” por instantes. Ouvindo essas palavras, a garota afirmou que não era uma “boneca” para “divertir” alguém, e ainda ironizou que gostaria de proporcionar ao estudante momentos tão agradáveis quanto os que passara com a Sra. D. Violante. Augusto apreciou a espirituosidade da menina e interessou-se em conversar com ela, porém foi interrompido por Fabrício, que disse ter um assunto importante a tratar com ele, a sós.



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