Introdução: pensando fora do cérebro
A obra argumenta que a mente humana se estende além do cérebro, incluindo o corpo, o ambiente e os relacionamentos interpessoais. A autora apresenta exemplos de como pensadores, pesquisadores e cientistas utilizaram o "pensamento externo" para realizar grandes descobertas.
O livro se baseia em pesquisas de três áreas principais: cognição incorporada (o papel do corpo no pensamento), cognição situada (a influência do lugar no pensamento) e cognição distribuída (o impacto de pensar com outras pessoas).
A obra desafia a visão tradicional do cérebro como a única fonte do pensamento, propondo que a mente é mais como um pássaro construindo um ninho, reunindo recursos do mundo exterior para formar seus processos de pensamento.
A autora cita exemplos como a geneticista Barbara McClintock, que "incorporou" os cromossomos das plantas que estudava, e o biólogo James Watson, que manipulou modelos de papelão para determinar a estrutura do DNA. O livro também explora como os ambientes físicos, desde espaços naturais até escritórios, influenciam nossa capacidade de pensar.
A autora também destaca a importância da interação social, mostrando que psicoterapeutas como Susie Orbach utilizam a própria experiência corporal para entender seus pacientes e como o diretor da Pixar, Brad Bird, usa discussões com colegas para aprimorar seus filmes.
Baseando-se no trabalho do filósofo Andy Clark, que propôs o conceito de "mente estendida", argumenta que elementos do mundo exterior podem atuar como extensões mentais, permitindo-nos pensar de maneiras que o cérebro sozinho não conseguiria. O livro se propõe a mostrar como podemos usar o mundo como matéria-prima para o pensamento, expandindo nossas mentes para além dos limites do crânio.