Capítulo 6
Recebendo a informação de que Madame d’Oriol, a quem visitava todas as tardes, estava viajando, Jacinto aceitou subir o Montmartre para visitar a Basílica de Sacré-Coeur com José Fernandes.
Avistando Paris do alto, o narrador tece severas críticas à “maravilhosa civilização” que ali se resumia a uma mancha cinza no chão, coberta por fumaça: Jacinto se rende, enfim, assumindo que todo aquele “desenvolvimento” humano não passava de uma ilusão.
A partir daí Zé Fernandes deixa de usar ironias sutis e passa a expor claramente sua opinião sobre a modernidade: sua futilidade, sua superficialidade, sua extravagância, suas desigualdades, sua ignorância disfarçada. Toda a fé que Jacinto depositava na tecnologia é contrariada pelos argumentos de seu amigo, que finalmente o convence das incoerências da cidade.
Ainda em Montmatre os amigos encontram Mauricio de Mayolle, colega de Jacinto envolvido em estudos filosóficos, espirituais e esotéricos. Ao final da longa conversa com inúmeras citações de teóricos do pensamento, Jacinto confidencia a Zé Fernandes seu extremo desgosto com esse tipo de debate, afirmando: “Já experimentei… Uma maçada!”.
Em uma última observação do panorama de Paris, Jacinto revela um desejo: construir uma casa ali no alto para observar a cidade ao longe… “dominar a cidade”.